Ninguém conseguia entender como uma
flor poderia viver num deserto. E, ali estava ela, viçosa e bonita. Ela não
estava só, junto a ela um jardineiro além de contempla-la, dedicava-lhe todo
amor e carinho.
Pesquisadores do mundo inteiro
tentavam estudar e compreender as razões que fazia uma flor tão delicada
aceitar e suportar tão bem a aridez daquele deserto. Carentes de teorias que
pudessem explicar tal fenômeno, optaram finalmente por entrevistar o humilde
jardineiro que se dedicara e acompanhara o desenvolvimento daquela flor tão
singela. Com poucas palavras ele tentou mostrar a prática que as teorias não
conseguiam explicar:
—
Toda flor provém de uma semente cujo único desejo é germinar. A semente possui
certeza absoluta que poderá se transformar em flor um dia. Todo homem carrega
dentro de si a semente do amor. Esta semente dá ao homem a certeza absoluta de
que pode cuidar e se responsabilizar pelo desenvolvimento de qualquer ser em
qualquer lugar. A terra carrega consigo a semente da maternidade. Por mais
árida que tenha se tornado, ela possui mesmo que adormecido o dom de fazer
germinar em seu seio o que deseja brotar. Estas três sementes juntas fizeram o
milagre da vida acontecer, pois o milagre é uma semente presente em todo ser
que tem fé. Basta acreditar e o milagre acontece.
Os cientistas não acreditaram na
teoria provinda da prática de um simples jardineiro, pois todo cientista
carrega dentro de si a semente do ceticismo e da complexidade. Aquela teoria
era simples demais para ser aceita e compreendida pela honrada e complicada
ciência mesmo sabendo que estes mistérios ou milagres continuam sempre
acontecendo em algum lugar sem que a mesma consiga explica-los.
O jardineiro continuou cuidando da
flor certo de que a compreensão só poderá brotar no seio de uma ciência que
consiga um dia cultivar a semente da humildade.
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